Olhar diretamente na face do tempo,
que (se) move e desmancha
perceber-se em profunda sincronia
com o inconcebível fluxo
desmanchando-se, contemplar a falta de sentidos, sensações
que tornem palpável, nunca "visível", a relação entre
o que decompõe tua carne e o que faz isso ser irrelevante.
Ouvir-se, perder-se nos clichês sensoriais que te humanizam,
desesperar-se e abraçar-se às cores que te extasiam
aos cheiros que te elevam e aos que te enclausuram
aos toques delicados das mãos que te acariciam
deitar-se e, sem tentar achar uma ação que "signifique",
esquecer o que é a gravidade que te proíbe
que teu corpo escorre para fora da tua compreensão
zombando da tua solidez, tornando líquidos teus orgãos
ignora tua falta de consciência e lhe abre os poros/
sexta-feira, 25 de setembro de 2015
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Pele, signo, orgão, palavra. Poesia. Líquido, forma, superfície, intrínseco.
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