quando leve a(calma
como se o peso da vida
nada fosse.
afeto
a ti
tipo cada clichê
ainda que consciente
do(:) preciso fluir por aí,
fazendo de todo nó laço
que desfaz e refaz ~
ainda que cicatriz
ainda que pulso)corte.
amor que fugiu do cárcere/correu pela rua em pleno carnaval/percebeu o ar mais leve que seus pulmões/deixou o próprio corpo no meio da areia, como se o tempo se deixasse cair com a cabeça em seu ombro, olhando nuvens, adivinhando formas e esquecendo próximos passos
é que nada mais vale do que saber que é de afeto que tudo se faz.
um dia eu acordei e a vida já não era mais precisa.
não sei se foi assim ou se eu só não percebi chegar
mas ela se tornou opcional
meio besta
tipo festa que devia ter acabado
podia ir embora, mas gosto de ver até onde vai a corda que me leva)
já que o fim é ilusão
e a vida é pranto
amor e afeto são o que atesta
que isso tudo por aí é bem pouquinho
se a gente se descuidar
ainda que seja a partir do descuido que o movimento/vem
cada passo não planejado é certo. é preciso. é o dar-se conta do chão de ilusão sob seu corpo.
amor e afeto:
ela vem e é só.
fica o quanto quiser
vem de abraço meu que você já virou essência, menina
agora um bonito viver
depois memória pra onde eu retorno quando a vida parecer menos vida
viva.
fica, vai:
e depois a gente caminha
pra onde era pra gente caminhar
(~)
teu abraço é calor,
tua presença símbolo
de que a vida é o que é
e não o que eu achava que fosse.