segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Sous le soleil exactement

Um dia qualquer,
algumas mensagens,
te ver,
te beijar 
(...),
querer saber:
te vejo de novo?

Tanto em comum,
tão à vontade.
Passar um tempo só com a gente ao redor da gente?


(a gente, o mar, todos os assuntos do mundo,
barulho de ondas quebrando na praia,
eu e você, 
carinho no seu cabelo [essas coisas bem clichê])


Planejar, pegar o ônibus,
ler o livro, esperar.
Será que a chuva atrapalha?


Nossas conversas todas:
("olha lá, que os bravos são escravos
                                            sãos e salvos de sofrer")

Te ver!
Não saber se a gente se beija agora ou depois,
então beijo, abraço,
(o cheiro do seu cabelo).


("tanto clichê, deve não ser
[...]
ir onde o vento for
[...]
e se o tempo for te levar
eu sigo essa hora
pego carona
pra te acompanhar")

-

A gente logo fica à vontade,
a gente, o quarto, a ca(l)ma.
Os beijos. 
Ah, os beijos.

Então a areia, o mar calmo, a maré, a quebração das ondas na praia, a noite, o som, as substâncias, a brisa (o beijo [brega] com a água nos pés) 

(os cães, o celular [quase] perdido, rs)

seu sorriso, nossas conversas, seu cabelo, seus beijos, 
sua presença e sua companhia.   


O silêncio lida bem com a gente, companhia, presença, nossas frequências tão compatíveis.

                                             a gente voltando na garoa pro quarto,
                                                        o frio, o banho não tão quente, o sono.
                                                                     acordar com o cheiro bom do seu cabelo
                                                                                                       carinhos.

("So the day will begin again,
take comfort from me,
it's up to you now")


Agora a praia e o dia nublado mas claro, 
o sol ficou tímido com a gente,
temos tempo pro sol.

Mais da gente, agora com música, 
as fotos, as conversas, a água do mar,
você no meu colo, eu no seu, 
os carinhos no cabelo, no rosto, 
eu olho nos seus olhos, 

                                       (o que olhos têm de tão intenso?
                                         a troca de olhares parece unir 
                                         como se olhar fosse mais significativo
                                          que falar
                                           [preciso aprender mais com isso])

Outra praia, outra areia, mesmo mar, 
os beijos, o não se importar,
(ou apenas se importar
com o que importa?)
querer.

-

Outro quarto, outra ca(l)ma, 
verde, rosa, vermelho, cores,

eu, você, 
eu,
você,
nessa sucessão:
de olhar, te sentir,
tocar, trocar, mover,
deitar,
olhar, fumar, 
espelho, a gente.

Olhar no fundo do seu olho,
carinhos, rosto, mãos, cabelo.

-

Volta, som,
vamos ouvir de novo? vamos! 
você cantando,
eu sorrindo, 
tanta calma, silêncio com música,
companhia.

Churros em Balneário, a gente e o banco,
pensativa.

-
Rodoviária, conversa, 
"me dá um beijo?"
toda palavra é um alento,
mesmo as que expressam incerteza,
não sei bem o que dizer,
sei bem o que sentir,
a gente vai ficar bem.

Isso não é um poema,
é uma forma aleatória de 
descrever um fim de semana
que adjetivo nenhum descreve
se descrevesse eu te falava,

"Foi bom!
Ótimo!
Adorei,
vou sentir saudades."

Falo mesmo assim,
mas só desse jeito aqui
é que me sinto confortável,
satisfeito.

O tempo tá sendo bom com a gente,
não sei os planos do tempo pra depois,
não te quero pra sempre,
nem a vida quero pra sempre,
mas te quero,
enquanto a gente se quiser.
Com a distância que for necessária,
pra você ver que te quero como você é.
E vou te conhecendo,
sem nunca te conhecer completamente.

Saca?

Agora você me lembra o sol,
e o sol me lembra você.
Sob(re) o sol.

Despedida, te beijo,
até breve.

dor

o azul do céu é ironia em um coração que sentia. a graça da vida que segue se perde diante do que a memória guarda. sou corpo vi...